[“Então o Senhor disse a Caim, "Onde está o teu irmão Abel?"
"Não sei", respondeu ele. "Sou o detentor do meu irmão?"
Então Ele disse: "Que fizeste? O sangue do teu irmão clama a mim desde o chão! Agora estás amaldiçoado [com absorção] A partir da terra que abriu a tua boca para receber o sangue do teu irmão que tenha derramado. Se trabalhares a terra, ela nunca mais te dará o seu rendimento. Vais ser um viajante inquieto sobre a terra."
Mas Caim respondeu ao Senhor: "Meu castigo é demasiado grande para suportar! Se me está banir hoje a partir do solo, então devo esconder-me de Sua presença e tornar-me um viajante inquieto sobre a terra, quem encontrar-me matar-me-á".
Então o Senhor respondeu-lhe: "Nesse caso, quem mata Caim irá sofrer vingança sete vezes." E então Ele colocou uma marca em Caim, para que quem o encontrasse, não o matasse. Então Caim saiu da Sua presença.”
"Não sei", respondeu ele. "Sou o detentor do meu irmão?"
Então Ele disse: "Que fizeste? O sangue do teu irmão clama a mim desde o chão! Agora estás amaldiçoado [com absorção] A partir da terra que abriu a tua boca para receber o sangue do teu irmão que tenha derramado. Se trabalhares a terra, ela nunca mais te dará o seu rendimento. Vais ser um viajante inquieto sobre a terra."
Mas Caim respondeu ao Senhor: "Meu castigo é demasiado grande para suportar! Se me está banir hoje a partir do solo, então devo esconder-me de Sua presença e tornar-me um viajante inquieto sobre a terra, quem encontrar-me matar-me-á".
Então o Senhor respondeu-lhe: "Nesse caso, quem mata Caim irá sofrer vingança sete vezes." E então Ele colocou uma marca em Caim, para que quem o encontrasse, não o matasse. Então Caim saiu da Sua presença.”
Genesis 4:9-16
As lágrimas que
deveriam surgir sob as minhas pálpebras feridas, já não caíam
mais, haviam-se estagnado juntamente com as minhas forças de tentar
encontrar uma saída daquele pânico iminente. Sentia-me frustrada
por ter sido tão ingénua, picuinhas e inoportuna. Sentia-me mal
comigo mesma por ter sido tão fraca.
Deslizei os dedos
esguios pela superfície íngreme dos cristais de vidro daquelas
enormes janelas esquecidas numa casa tão pouco habitacional. A única
paisagem que os meus olhos conseguiam ver era um típico inverno
inglês a pairar sobre os vales longínquos de Paris. Esquecidos,
lamentáveis e cobertos de uma substância que nem era palpável e
muito menos olfactiva, a ignorância.
As pessoas que
passavam ao largo daquela propriedade sinistra eram designadas como
aqueles que não têm mais nada que fazer do que meter o nariz em
coisas que são demonstradas à sociedade como “fora do normal”.
A minha respiração
quente já não lutava contra o ar frio de inverno, o meu corpo já
não era tão aliciante como solstícios atrás. Como poderia dizer?
Já não era nada, apenas um pequeno pó que estava esquecido num
monte de cinzas acumuladas num saco de lixo deixado num beco
embrenhado de peixe podre.
“Acredita que
um dia te livrarás deste mal, que um dia poderás ser dona de ti
própria.”
pensara eu naquele momento que fazia de mim a pessoa mais vazia de
todas.
Os meus pés já não
suportavam mais a força do meu corpo morto. Os meus olhos já não
suportavam mais a dor de ver aquela felicidade do tempo a correr
sobre as janelas velhas daquele casarão.
Arrastei-me para
fora da ínfima claridade que ainda conseguia perdurar naquele fim de
dia triste, em que as pequenas gotas de neve surgiam do céu como
lágrimas celestiais de anjos enfadados.
O meu corpo assentou
na enorme poltrona velha cujas estacas de madeira rangiam pelos
pregos mais atracados. Olhei para o tecto que, das suas profundezas,
deixava cair pequenos pós de humidade negra perante o branco
fossilizado da tinta original.
Fechei os olhos.
Estava cansada e
mesmo assim a minha mente conseguia atropelar o meu pensamento com um
turbilhão de metáforas esquisitas. Era como se o mundo tivesse,
finalmente, morrido na própria perdição. Falamos do pecado,
falamos da injúria e da infelicidade, mas dá, apenas por um dia,
para perceber o que realmente é isso? Digo-vos eu agora. Isso tudo é
apenas o que nos dá aquela felicidade de que tanto precisamos.
Entrelacei os dedos
e esperei que a brisa levantasse mesmo que as janelas não estivessem
abertas, que a morte me levasse mesmo que apenas o que me restasse
fosse uma alma sem conceitos para ferir.
Naquele dia disse
adeus a quem mais gostava. Poderia não estar sentada num enorme
trono forjado de traças e baratas a um canto de um quarto escuro,
num casarão abandonadamente esquecido por entre os vales floridos no
norte de França, e nem poderia estar à espera da morte.
Mas de algo tinha
certezas.
Não era mais do que
um ponto de interrogação pronto a morrer sem ser reconhecido por
alguém. Era apenas mais uma mortal que morreria na amargura da
sociedade hipócrita e que seria substituída por uma outra qualquer
disposta a tentar fazer com que o seu nome fosse esculpido no seio do
reconhecimento mundial.
Eu era eu, uma
rapariga tão igual e desconhecida como todas as outras que vagueiam
hoje pela Terra em busca da verdadeira razão para viver; eu sou
apenas tudo o que não deveria de existir perante o mundo humano; eu
sou Magdalene
Beau Pre, a
vossa maior perdição"].
❤
Sei que muitos não devem de perceber muito do que aqui está escrito ( sinceramente até eu me sinto confusa às vezes quando leio as minhas próprias coisas e.e" ), mas pelos visto o meu estilo de escrita cativou uma Editora à primeira ( nem sei bem como agora que me pergunto ).
Mas tenho de dizer que sempre foi um sonho meu publicar uma obra original, no entanto não sou rica nem vou conseguir publicar nada entretanto por muita pena que tenha.
Espero que tenham gostado, e toda a critica é bem-vinda se a quiserem dar é claro.
E para todos aqueles que escrevem...nunca desistam do vosso sonho. Sei bem que escrever pode-nos levar para mundos que nos afastam da realidade e nos deixam realmente felizes. Não desistam disso!
See ya soon ♡
EllisSG*art
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